O jejum que agrada a Deus

Publicado por Jean Santos em

I. PORQUE JEJUAR?

O Jejum é saudável para o corpo, alma e espírito. Focalizaremos três tipos de Jejuns. Ei-los :

A. O JEJUM NORMAL – Mt 4.2. Alguns acham que o Jejum de Jesus foi de abstenção somente de alimentos, já que Satanás não o tentou pela sede e sim pela comida. A sede trás sofrimentos mais aterradores que a fome, a menos que o Jejum de Jesus, tenha sido sobrenatural como o de Moisés e Elias.
O Jejum normal, então, é a abstenção somente de alimentos sólidos ou líquidos, mas não de água.

B. O JEJUM ABSOLUTO – At 9.9. Este é um tipo de Jejum em que a pessoa se abstêm de alimento e de bebida, ele deve durar no máximo três dias, pois ficar sem água no organismo durante muito tempo é prejudicial à saúde.
Jejuns sobrenaturais são os de Moisés (Dt 9.9; Ex 34.28) e Elias (I Rs 19.8). Estes tiveram Jejuns sobrenaturais e o fim deles também foi sobrenatural.
Devemos ter muita certeza da vontade de Deus antes de fazer um Jejum prolongado.

C. O JEJUM PARCIAL – Dn 10.3. Uma restrição na dieta e não uma abstenção completa. Este tipo de Jejum pode servir de primeiro passo para as pessoas de complexão física fraca e para as que estão começando a Jejuar. Este não foi o caso de Daniel, pois ele usou numa visão maior de consagração.

II. A DECLARAÇÃO DE JESUS SOBRE O JEJUM – Mt 6. 2,5,16. 

A questão aqui é “quando” jejuares e não “se” jejuares. O Jejum deve ser uma prática normal como o Orar e o Dar. Pode haver Oração sem Jejum e também Jejum sem Oração, pelo menos no sentido de intercessão contínua. Parece que os Profetas e Mestres em Antioquía Jejuavam e Adoravam ao Senhor continuamente. O Jejum é para hoje (Mt 9.15). A Igreja está passando pelo período da ausência do Noivo.

III. JEJUNS PÚBLICOS E REGULARES – Jr 36.6; Jl 2.15

Os Israelitas tinham um Jejum anual como o Jejum da Expiação (Lv 23.27; 16.29; Nm 29.7). Na época de Zacarias havia Jejum no quinto e no sétimo mês (Zc 7.3-5). Os Jejuns devem ser feitos quando a ocasião e a necessidade exigirem. Devemos nos cuidar do período de um determinado dia do ano para Jejuar, pois pode tornar-se em algo vazio, sem forma, como um ritual. Isto não deve nos impedir de Jejuar, ocasionalmente e sempre que o Senhor pedir.

IV. JEJUANDO PARA DEUS – Zc 7.5; At 13.2

O Jejum não deve ser uma forma externa de santificação. Deve ser para Deus que vê em secreto. Pode-se cair no desejo extremo dos Fariseus de aparecerem ou no desejo pessoal, egoístico, para satisfazer ambições pessoais sem que o motivo seja a Glória de Deus. Isaías 58 fala que o Jejum agradável para Deus é o Jejum que 
Ele escolheu. O Jejum, assim como a Oração deve ter a sua origem em Deus para que tenha efeito.

V. PROPÓSITO DO JEJUM 

Vimos que é importante Jejuar, os vários tipos de Jejuns, por isso vejamos agora para que serve o Jejum?

A. PARA SANTIFICAÇÃO INDIVIDUAL (Sl 69.10; 35.13). Por trás dos pecados que tentam nos dominar, dos fracassos pessoais e dos muitos males que afetam a Igreja ao obstruir os canais da Benção de Deus, por trás dos choques de personalidades, temperamentos se encontra o orgulho do homem. O Jejum é um corretivo divino que prepara a terra, quebra o orgulho disciplina o corpo e humilha a alma.

B. PARA BUSCAR A DEUS E SE HUMILHAR (Ed 8.21-23; Ne 9.1-3). O Jejum dá asas a Oração, dá Poder nas Petições. A Oração é a guerra contra as forças opositoras. O Homem que Ora com Jejuns testifica aos Céus que quer aquilo que busca (Jr 29.13-14; Jl 2.12). “O Jejum serve para expressar, aprofundar e confirmar a resolução de que estamos prontos para sacrificar qualquer coisa a fim de conseguir o que buscamos para o Reino de Deus”(André Murray). O Homem que Ora com Jejuns está dizendo aos Céus que é sincero, que está “importunando” e mostrando porque o seu caso é urgente.

C. PARA QUE DEUS MUDE A SITUAÇÃO (Jn 3.4,10). Aqui uma cidade prevaleceu com Deus pelo jejum e a Oração. Deus enviou Jonas a cidade de Nínive a fim de estender a Sua Misericórdia aos Ninivitas. O pecado é visitado com Juízo, mas o Arrependimento com Misericórdia (Jr 18.7-8). Acabe Jejuou “para o mal” até possuir a Vinha de Nabote, ao ser alertado por Deus através de Elias, Acabe se Arrependeu e Deus não fez o mal que prometera em seus dias ( I Rs 21.27-29; Jl 2.12-14).

D. PARA SOLTAR OS CATIVOS (Is 58. 6). Há em Isaías 58.6 uma aplicação espiritual para os nossos dias. É uma luta travada nas “regiões celestiais”. Satanás é um adversário duro e não quer tirar as suas mãos das vidas a menos que seja forçado a fazê-lo. O Jejum provê esta força é um fortalecimento do intercessor para forçar o inimigo a largar a sua presa. No caso do discípulo o jejum é uma arma com a qual podemos vencer ao Diabo (Mc 9.29). Dá também autoridade ao Discípulo no momento que dá a ordem de libertação.

E. PARA RECEBER REVELAÇÃO (Dn 9. 2,3,21,22). No Novo Testamento há casos de Jejum (At 10.10) Pedro; Paulo (At 27.21-24); Paulo Jejuava com frequencia (II Co 11.27) e o Capítulo seguinte fala de suas grandes Revelações. Nada nas Escrituras indica que devemos andar a cata de Sonhos e Revelações. Quando se busca a Deus, entretanto, pode-se encontrá-las. Necessitamos constantemente da Revelação de Deus para as nossas vidas.

F. PARA SUBJUGAR O CORPO (I Co 9.27; Ex 16.3; Nm 11.4-5, 21.5). O modo mais fácil de chegarmos a uma pessoa é através de seu estômago. Foi assim com Eva, Noé (Gn 3.6; 9.20-21). Deus nos deu o corpo e certos instintos básicos que incluem os apetites do corpo, mas Ele requer que tenhamos o físico submisso ao espiritual. O Discípulo deve distinguir a linha entre satisfazer os desejos do corpo e as demandas do espírito. Paulo insiste em disciplinar o corpo para não “satisfazer os desejos da carne” (Rm 13.14), “revestir-se do Senhor Jesus”.

O Jejum deve ser para o discípulo um exercício espiritual normal, assim como para um atleta é o preparo físico. O Novo Testamento sempre alerta assim: “Foge… dos desejos da mocidade”(II Tm 2.22); “Renunciando… aos desejos mundanos”(Tt 2.12); “Peço-vos… que vos abstenhais dos desejos carnais”(I Pe 2.11). É importante eliminar alimentos que trazem vícios ao corpo.

VI. ASPECTOS PRÁTICOS DO JEJUM

A. O JEJUM E O CORPO (I Co 6.13, 19-20). Um corpo normal, saudável e bem alimentado, pode resistir ao Jejum por várias semanas, sem ser prejudicado. O corpo se alimenta do excesso de gorduras e somente depois de muito tempo é que começa a consumir as células vivas e entra então em estado de inanição. O Jejum ajuda o corpo a purificar-se.

B. PARA A SAÚDE E CURA (III Jo 2; Is 58.8). A promessa da cura está incluída no Jejum escolhido por Deus. No Jejum os depósitos de gorduras, material desgastado e tecidos mortos são digeridos e eliminados.

C. COMO COMEÇAR:
1. Não comece logo Jejuando 40 dias !
2. Comece com Jejum Parcial. Abstendo-se apenas do café da manhã.
3. Progressivamente elimine o almoço e depois também a janta.
4. Antes de dormir “quebre” o Jejum com uma fruta, não coma muito.
5. Não devemos comer muito no dia que antecede o Jejum.
6. Quanto mais longo for o Jejum, mais precisamos nos certificar de que é da vontade de Deus que Jejuemos.
7. É bom eliminar o chá e o café gradativamente, quem quer ter a prática do jejum não pode depender do café ou do chá.
8. Prepare-se para que o Jejum seja um tempo de lutas contra os poderes das trevas; sempre faça estas perguntas:

  • a. Tenho certeza que este desejo de Jejuar procede de Deus? 
  • b. Deus quer um Jejum Normal ou Parcial?
  • c. São os motivos corretos? Haveria um desejo oculto de causar impressão aos outros?
  • d. Quais são os objetivos espirituais que busco com este Jejum?(Santificação pessoal ou consagração; por problemas; intervenção divina; orientação; bençãos; plenitude do Espírito Santo para mim ou para os outros; para libertar os cativos; acalmar a ira divina e pedir avivamento).
  • e. São os meus objetivos egocêntricos? Estes desejos de benção pessoal está equilibrado por uma sincera preocupação com os outros?
  • f. Acima de qualquer coisa será que a minha determinação é a de servir ao Senhor durante este Jejum?

D. COMO TERMINAR O JEJUM. Um Jejum prolongado não deve ser terminado comendo-se comidas que fermentem muito (I Sm 30.11-12).

ESTES DADOS FORAM RETIRADOS DO LIVRO DE ARTHUR WALLIS: “O JEJUM ESCOLHIDO POR DEUS”.


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