A obra perfeita e suficiente de Jesus

Publicado por Jean Santos em

O sangue de Cristo

“Quando Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes, ele adentrou o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito pelo homem, isto é, não pertencente a esta criação. 12 Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos Santos, de uma vez por todas, e obteve eterna redenção.

13 Ora, se o sangue de bodes e touros e as cinzas de uma novilha espalhadas sobre os que estão cerimonialmente impuros os santificam, de forma que se tornam exteriormente puros, 14 quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu de forma imaculada a Deus, purificará a nossa consciência de atos que levam à morte para que sirvamos ao Deus vivo! 15 Por essa razão, Cristo é o mediador de uma nova aliança para que os que são chamados recebam a promessa da herança eterna, visto que ele morreu como resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira aliança.” Hb 9:11-15

“Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou nos céus, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor;25 não, porém, para se oferecer repetidas vezes, à semelhança do sumo sacerdote que entra no Santo dos Santos todos os anos, com sangue alheio. 26 Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo. Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo.” Hb 9:24-26

“Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, 20 por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. 21 Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. 22 Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada, e tendo os nossos corpos lavados com água pura.” Hb 10:19-22

Expiação: reparar (crimes ou faltas) por meio de penitência ou cumprindo pena. Deus não podia fazer a expiação pelo pecado do homem por meio de uma palavra de ordem. O homem era o responsável pelo seu pecado, mas estava incapacitado para fazer o resgate pelo seu pecado.

O homem por si só não tem condições de parar de pecar e muito menos de reparar seu passado. Deus , como Deus não poderia efetuar a expiação. Como resolver? A resposta esta na pessoa de Jesus Cristo, nosso Deus homem. A encarnação de Cristo significa que Deus se uniu a humanidade para sempre.

“Vemos, todavia, aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, Jesus, coroado de honra e de glória por ter sofrido a morte, para que, pela graça de Deus, em favor de todos, experimentasse a morte. 10 Ao levar muitos filhos à glória, convinha que Deus, por causa de quem e por meio de quem tudo existe, tornasse perfeito, mediante o sofrimento, o autor da salvação deles.” Hb 2:9,10

“Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão. 8 Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu; 9 e, uma vez aperfeiçoado, tornou-se a fonte da salvação eterna para todos os que lhe obedecem,” Hb 5:7-9

“É somente por meio dos méritos de Cristo que tenho que buscar a comunhão com Deus. Nem mesmo a consciência tranqüila por ter feito algo para Deus pode servir de um meio para a comunhão com Deus. A tranqüilidade de nossa consciência tem que estar baseada no que Jesus fez. Este é o fundamento sobre o qual se pode basear e não há outro.” “ A minha consciência está limpa, mas isso não prova que sou, de fato, inocente. Quem me julga é o Senhor.” 1 Coríntios 4:4

Deus olha para a obra consumada por Jesus e se dá por satisfeito.

Não há nada que se possa acrescentar a este fato.

É por não reconhecermos qual seja nossa verdadeira natureza que ainda confiamos em nós mesmos e permitimos que satanás, mediante suas acusações, nos tire os olhos de Jesus e os coloque em nós mesmos, levando-nos a confiar na carne. A razão pela qual aceitamos tão rapidamente essas acusações é que ainda esperamos ter alguma justiça própria. Se porém aprendermos a não confiar na carne, não nos espantaremos quando surgir o pecado, pois pecar é a natureza intrínseca de nossa carne.

A nossa crucificação jamais se tornará eficaz através da nossa vontade, do nosso esforço, e sim, unicamente por aceitarmos o que o Senhor Jesus Cristo fez na cruz. A salvação foi dada na mesma base que a santificação: Recebemos a libertação do pecado do mesmo modo que recebemos o perdão dos pecados.

“Assim como não fizemos nada para recebermos nossa justificação, do mesmo modo nada podemos fazer para nos tornar santos. Somos santos não porque nos consideramos, mas porque essa é a mais pura realidade. Pecar não faz parte de nossa natureza, pois, a vida de Cristo foi plantada em nós pelo novo nascimento e sua natureza não é caracterizada por cometer pecados.” “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado… Não pode viver pecando.” 1Jo 3:9 Podemos viver uma vida de santificação não porque nossa vida foi modificada, mas porque a vida de Jesus foi implantada em nós.

Por isso, devemos nos manter firmes na verdade daquilo que Cristo é em nós e não na verdade daquilo que é nossa natureza. Não podemos procurar a morte de nosso eu no lugar errado. É em Cristo que a encontramos. Se olharmos para dentro de nós mesmos, verificaremos que estamos muito vivos para o pecado.

Deus responderá a todos os nossos problemas de uma só forma: Mostrando-nos mais de seu filho (W. Nee)

A graça significa que Deus faz algo por mim. A lei significa que eu faço alguma coisa por Deus. Significa também que Deus requer algo de mim. Ser liberto da lei significa que ele não requer coisa alguma de mim, porque ele próprio já proveu o necessário, isentando-me do cumprimento da lei. O problema em Romanos 7 consiste em que o homem quando procura por seus esforços, isto é, na carne, fazer algo para Deus, esta tentativa o coloca de novo debaixo da lei. Fica claro também que a culpa não é da lei, pois a lei “é santa, o mandamento santo justo e bom” Rm 7:12 – O problema não é a lei, o problema sou eu, a lei é justa, mas eu não sou. O problema não esta em haver demandas injustas na lei, o problema esta na minha incapacidade de cumpri-las.

Sem lei, nunca saberíamos quão fracos e incapazes somos. Quanto mais procuramos guardar a lei, tanto mais a nossa fraqueza se manisfesta. “Que diremos, pois? E a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei.” Rm 7:7

Deus sempre soube que não poderíamos guardar a lei, por isso ele nos deu a lei, para que a transgressão se tornasse manisfesta. É a lei que revela nossa verdadeira natureza. “ Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,” Rm 5:20

Deus permite certas situações em nossas vidas para que diminuamos o elevado conceito que temos acerca de nós mesmos.

A lei não nos foi dada na expectativa de que a cumpríssemos, ela nos foi dada para que pudéssemos conhecer a nós mesmos e nossa real incapacidade. Foi ela quem nos levou a Cristo, para que ele próprio pudesse cumprí-la em nós. “ De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.”  Gl 3:24

“Como se processa a libertação da lei? Paulo, no capítulo 7 de romanos usa a figura de dois maridos e uma mulher. Há somente uma mulher e dois maridos. Infelizmente ela esta casada com o menos desejável dos dois, é um marido exigente e de personalidade forte. Mas como marido ele tem o direito de exigir por parte dela a obediência de determinados deveres. Ela, por sua vez, não pode queixar-se pois suas ordens são legítimas, não consegue encontrar falhas nem no homem nem nas suas exigências. Se pudesse casar com o outro tudo estaria resolvido. Não que ele não seja também exigente, mas, pelo menos, ele a ajuda. Como casar com o primeiro se o segundo ainda está vivo?

Como entender essa figura? O primeiro marido é a lei. O segundo é Cristo e nós somos a mulher. A lei exige muito de nós e não oferece a mínima ajuda no cumprimento das exigências. O Senhor Jesus não exige menos, antes, pelo contrário, mas o que exige, ele próprio o cumpre em nós.

A única maneira dela casar-se com o segundo é mediante a morte do primeiro, mas não há a menor possibilidade disso acontecer, pois a lei continuará por toda a eternidade, ela nunca passará, como poderei me unir a Cristo? Só há uma saída: Se eu morrer aquela antiga relação conjugal é dissolvida. É exatamente este o processo divino da libertação da lei.”

“Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus.” Rm 7:4

“Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; 20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. 21 Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão.” Gl 2:19-21

“Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; 13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” Fl 2:12-13

A libertação da lei não significa que estamos livres de fazer a vontade de Deus, significa que estamos livres de fazê-la por nós mesmos, por nossos próprios esforços. Aquele que nos deu a lei, ele próprio a guarda, ele faz as exigências e ele mesmo as cumpre.

“A figura da pessoa se debatendo na água, lutando com todas as suas forças, tentando inutilmente salvar-se. Enquanto isso o salva-vidas a observa e só vai salvá-la quando ela para de se debater e começa a afundar. Nesse momento ele a agarra e a traz para a margem em segurança.

Somente quando estamos reduzidos à fraqueza extrema e chegamos à conclusão de que não podemos fazer coisa alguma é que Deus passará a fazer tudo.”

A carne para nada aproveita. Qualquer tentativa de fazer algo na carne é virtualmente um repúdio à cruz de Cristo. Deus nos declarou aptos apenas para a morte.

Todo cristão precisa orar e ler a bíblia para crescer. Mas é um erro confiar nesse trabalho para alcançar a vitória. A nossa confiança deve estar unicamente em Cristo.

Até mesmo quanto aos dons, não temos que pedir a Deus mais paciência, humildade, amor, ou santidade… Não! Ele já nos deu o único dom que satisfaz todas as nossas necessidades – O seu filho Jesus Cristo.

Na medida em que permitimos que ele viva sua vida em nós, então ele, em meu lugar, será paciente, humilde e tudo o mais que necessito. Todos os frutos do Espírito são apenas conseqüências da vida de Cristo em nós. Por isso, nossa ênfase tem que ser Cristo e não os dons. “ Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,” 1Co 1:30

Fomos enxertados em Cristo, a vida que agora temos não é nossa, vivemos a vida dele. Perdemos nossa antiga vida. Por isso, não podemos agir segundo nossa própria iniciativa, vivemos a vida de outro, agora tudo tem que vir dele.

“levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. 11 Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal.” 2Co 4:10-11

Os textos entre aspas são citações (com adaptação) do Livro: A Vida Cristã Normal de W. Nee


0 comentário

Deixe um comentário

Avatar placeholder

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *