A carta de Judas – Uma advertência aos lideres

Publicado por Jean Santos em

O objetivo de Judas quanto ao conteúdo da carta, era escrever a respeito da salvação que é compartilhada por toda a igreja, mas, nesse momento, ele fica sabendo que a igreja estava sendo influenciada por falsos mestres. Diante disso, ele sente que “era necessário escrever-lhes inisistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos santos.”

O problema central apresentado por Judas em sua carta é o caso daqueles que não guardaram suas posições e se perderam, tornando-se alvo do juízo divino. Ele cita como exemplos: o povo de Israel no deserto, os anjos, Sodoma, Gomorra, Caim, Balaão e Coré. Estes exemplos nos mostram experiências coletivas e individuais. Menciona desde pessoas completamente ignorantes quanto a Deus, passando por aquelas que o conheciam muito bem e chegando a mencionar os anjos, que viram a Deus face a face. O que todos estes tiveram em comum foi o fato de se deixarem corromper, recebendo por isso o justo castigo.

É impressionante observarmos que o povo de Israel, por sua rebelião e incredulidade, está na lista de exemplos ao lado de Sodoma e Gomorra. Da mesma forma, Balaão, um profeta que se deixou seduzir pela ganância, é listado juntamente com Caim, um assassino. Estes exemplos devem nos servir de advertência, a nós que somos líderes na igreja do Senhor, pois nos mostram que, não importa qual seja a nossa posição na casa de Deus ou o nível de maturidade e experiência que tenhamos, não estamos imunes a queda. A carne e o diabo não respeitam essas “graduações” humanas “Aquele que pensa estar em pé, olhe não caia.” 1Co 10:12

O CONTEÚDO DA CARTA

“Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos que foram chamados, amados por Deus Pai e guardados por Jesus Cristo: 2 Misericórdia, paz e amor lhes sejam multiplicados. 3 Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos santos. 4 Pois certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor. 5 Embora vocês já tenham conhecimento de tudo isso, quero lembrar-lhes que o Senhor libertou um povo do Egito mas, posteriormente, destruiu os que não creram. 6 E aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia. 7 De modo semelhante a estes, Sodoma e Gomorra e as cidades em redor se entregaram à imoralidade e a relações sexuais antinaturais. Estando sob o castigo do fogo eterno, elas servem de exemplo. 8 Da mesma forma, estes sonhadores contaminam seus próprios corpos, rejeitam as autoridades e difamam os seres celestiais. 9 Contudo, nem mesmo o arcanjo Miguel, quando estava disputando com o diabo acerca do corpo de Moisés, ousou fazer acusação injuriosa contra ele, mas disse: “O Senhor o repreenda! ” 10 Todavia, esses tais difamam tudo o que não entendem; e as coisas que entendem por instinto, como animais irracionais, nessas mesmas coisas se corrompem. 11 Ai deles! Pois seguiram o caminho de Caim, buscando o lucro, caíram no erro de Balaão e foram destruídos na rebelião de Corá.

12 Esses homens são rochas submersas nas festas de fraternidade que vocês fazem, comendo com vocês de maneira desonrosa. São pastores que só cuidam de si mesmos. São nuvens sem água, impelidas pelo vento; árvores de outono, sem frutos, duas vezes mortas, arrancadas pela raiz. 13 São ondas bravias do mar, espumando seus próprios atos vergonhosos; estrelas errantes, para as quais estão reservadas para sempre as mais densas trevas. 14 Enoque, o sétimo a partir de Adão, profetizou acerca deles: “Vejam, o Senhor vem com milhares de milhares de seus santos, 15 para julgar a todos e convencer a todos os ímpios a respeito de todos os atos de impiedade que eles cometeram impiamente e acerca de todas as palavras insolentes que os pecadores ímpios falaram contra ele”. 16 Essas pessoas vivem se queixando e são descontentes com a sua sorte, seguem os seus próprios desejos impuros; são cheias de si e adulam os outros por interesse. 17 Todavia, amados, lembrem-se do que foi predito pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo. 18 Eles diziam a vocês: “Nos últimos tempos haverá zombadores que seguirão os seus próprios desejos ímpios”. 19 Estes são os que causam divisões entre vocês, os quais seguem a tendência da sua própria alma e não têm o Espírito. 20 Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo. 21 Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna. 22 Tenham compaixão daqueles que duvidam; 23 a outros, salvem-nos, arrebatando-os do fogo; a outros ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela carne.”

AS CARACTERÍSTICAS DOS DISSIMULADORES

1) “Esses homens são rochas submersas…” Por que Judas os chama de “rochas submersas”? Pois esses homens, assim como as rochas submersas, tem suas reais motivações escondidas para poder influenciar os cristãos mais fracos e débeis na fé a apoiarem suas idéias e seguirem suas práticas. Esses homens fingiam amar os irmãos e, portanto, eram semelhantes a pontiagudos rochedos submarinos que poderiam rasgar a carne de nadadores e matá-los, ou afundar navios. Paulo mencionam alguns irmãos que sofreram naufrágio no que diz respeito a sua fé. Tendo isso em mente, devemos ter cuidado, a fim de resistir a todos os que querem fazer desviar os discípulos mais inexperientes dos ensinos de Cristo (2Pe 2:14).

Estes não tem nenhum desejo sincero de servir aos irmãos, mas sim, desejam secretamente apenas fazê-los desviar, a fim de que sigam a eles mesmos. Por isso Judas exorta a igreja a batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Judas está dizendo que existem pessoas que são especialistas em fazer a igreja (o navio), afundar em sua vida espiritual. Eles estão escondidos, não dá para se ver a primeira vista, é preciso se ter certa dose de discernimento espiritual. Eles ficam sorrateiramente danificando a fé das pessoas. Eles são rochas, ou seja, eles afundam os outros, mas não saem do lugar. Em nossa viagem rumo ao lar celestial, vamos encontrá-los pelo caminho. Precisamos discerní-los e nos desviarmos deles.

2) São pastores que só cuidam de si mesmos.” Eles cuidam apenas de si mesmos, são pastores que se importam apenas consigo mesmos. Esses falsos mestres eram também semelhantes a pastores que tosquiavam e sacrificavam o rebanho para vestir e alimentar a si mesmos. Não tinham nenhum cuidado por suas ovelhas, não as alimentava corretamente. Tudo que eles queriam era explorar as ovelhinhas para seu próprio benefício!

Isso também serve de exemplo a todos nós que somos pastores e líderes na igreja de Deus. Que nunca haja em nós qualquer desejo impróprio e carnal de buscar reconhecimento, de usar a igreja para atingir interesses pessoais de glória, em detrimento de nossos amados irmãos que merecem tanto nossa atenção e cuidado. Sejamos bons exemplos como pastores e líderes. Como Timóteo, a quem Paulo se refere escrevendo aos Filipenses: “Não tenho ninguém como ele, que tenha interesse sincero pelo bem-estar de vocês, pois todos buscam os seus próprios interesses e não os de Jesus Cristo.” Fl 2:20,21 Como são poucos, os que hoje estão na liderança da igreja e revelam esse sentimento! Como é triste olhar para a igreja nos dias de hoje e ver que ainda há homens preocupados somente em edificar e projetar seu próprio ministério deixando de lado o cuidado com a igreja do Senhor. É importante meditar na palavra que o Senhor deu aos pastores de Israel através de Ezequiel, onde ele os repreende por sua falta de cuidado com suas ovelhas: “Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2 Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? 3 Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. 4 A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. 5 Assim, se espalharam, por não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as feras do campo. 6 As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as busque. 7 Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR: 8 Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina e se tornaram pasto para todas as feras do campo, por não haver pastor, e que os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas, – 9 portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR: 10 Assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu estou contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo no seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pasto.” Ez 34:1-10

3) São nuvens sem água, impelidas pelo vento…” Os falsos mestres dos dias de Judas eram também semelhantes a nuvens enganosas que prometiam a tão necessitada chuva, mas que realmente eram sem água e levadas pelos ventos. Tais homens eram levados pelos ventos do erro e, em virtude de serem semelhantes a “nuvens sem água”, eram vazios e inaproveitáveis. A palavra de Deus é comparada algumas vezes com a chuva, e nuvens são os instrumentos através dos quais a chuva é destilada sobre a Terra. Nos países áridos o surgimento de uma nuvem traz esperança, pois com ela vem a expectativa de muita chuva para regar a terra ressequida. Mas, quando surgem os ventos súbitos as nuvens se dispersam, e junto com elas, a esperança dos lavradores. Porque estes falsos mestres foram comparados a nuvens? Pois eles aparentavam ter a palavra de Deus. Quem os ouvia tinha a impressão de que conheciam a sã doutrina. Mas infelizmente, só possuiam aparência. Eram nuvens sem água, não tinham contéudo, eram vazios. Os que deles se aproximavam ficavam sempre com a expectativa de receber algo, mas saiam frustrados por nada receberem. Eram impelidos pelos ventos. Não conseguiam se manter firmes nas verdades simples que aprenderam, estavam sempre sendo levados de um lado para outro, movidos por doutrinas estranhas e por suas próprias paixões.

4) “árvores de outono, sem frutos, duas vezes mortas, arrancadas pela raiz.” A chuva temporã (que começava por volta de meados de outubro) era ansiosamente aguardada para aliviar o calor e a sequidão do verão. Ela era necessária antes de se poder começar a plantar, porque a chuva amolecia o solo e permitia ao lavrador arar a sua terra. Sendo que no contexto, mencionado por Judas, essa árvores no fim do outono não tinham trazido nenhuma alegria, porque uma das características mencionadas acima era que eles se assemelhavam a “nuvens sem água, levadas pelos ventos”, trazendo decepção, tristeza e sofrimento para aqueles que aguardavam coisas melhores. Pelo fato de não ter caído as tão esperadas chuvas de outono, estas árvores eram “infrutíferas”. Isso causava desapontamento aos que tanto esperavam por uma colheita abundante. Da mesma forma, estes falsos mestres não tinham nada a oferecer a igreja. Apesar de toda expectativa de que produziriam frutos por aparentarem ter vida espiritual, eram causa de decepção. Foram comparados às árvores infrutíferas da antiga Palestina, que eram arrancadas pela raiz e destruídas pelo fogo, de modo a fugir do imposto sobre árvores frutíferas. O fim desses falsos mestres era a perdição eterna.

5) “São ondas bravias do mar, espumando seus próprios atos vergonhosos…” , Assim como as ondas turbulentas do mar que revolvem o lodo e as plantas marinhas lançando-as na praia, os falsos mestres estavam sempre revirando toda sujeira interna de seus corações e jogando-as para fora. Jesus nos ensina que “não há nada fora do homem que, nele entrando, possa torná-lo ‘impuro’. Pelo contrário, o que sai do homem é que o torna ‘impuro’. 21 Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, 22 as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. 23 Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem ‘impuro’.” Da mesma forma, esses falsos mestres podem contaminar os que com eles se relacionam. Judas diz ainda que eles “são aduladores dos outros por motivos interesseiros.” As palavras que eles proferem não tem como objetivo a edificação da igreja, mas a obtenção de seus próprios interesses. São dissimuladores. Suas verdadeiras intenções encontram-se ocultas, não se deixam conhecer.

6) “estrelas errantes, para as quais estão reservadas para sempre as mais densas trevas…” Mais uma vez Judas faz uso de uma figura da natureza, e agora do universo astronômico. A marinha sempre fez uso das estrêlas para se localizar no oceano. Esse recurso de navegação para determinar a posição de uma embarcação no oceano, só era possível graças ao fato das estrêlas estarem sempre em lugares fixos no céu. Se elas não tivessem um lugar fixo, seriam totalmente inúteis para um homem do mar. Os falsos mestres foram comparados a estrêlas errantes, aquelas que não tem um lugar fixo no céu, pois nunca se sabe onde elas estarão. Eles não eram capazes de se manter firmes em sua posição no reino de Deus. Não conseguiam perseverar nas verdades aprendidas. Suas vidas não podiam ser usadas como referência para orientar e abençoar os demais irmãos numa vida espiritual sadia. Eram inconstantes.

CONCLUSÃO:

Como líderes na casa de Deus, devemos considerar o conteúdo desta carta como uma séria advertência da parte do Senhor para nós. Vivemos os dias preditos por Paulo aos prebíteros de Éfeso: “Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. 30 E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.” Atos 20:29,30 A igreja foi invadida por homens sem escrúpulos, que buscam o reconhecimento e glória desse mundo, e para atingir seus objetivos se utilizam de todos os meios, sem se importar com as consequências sobre a vida daqueles que estão sob seu cuidado. Que constantemente clamemos sobre nós a misericórdia do Deus dos céus. Façamos como Davi: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; 24 vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” Sl 139:23,24 Que o Senhor nos ajude a sermos homens com motivações puras, homens que são exemplos para a igreja não apenas no que falam, mas, principalmente no que fazem.

Que o Senhor nos abençoe!

João F. Bium

“Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha elauma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmouma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lc 10:38-42)

Cristo – A boa parte

Não podemos permitir que a obra que fazemos em nome do Senhor, ocupe, em nosso coração, um lugar de maior destaque que Ele mesmo. Nosso coração deve estar ocupado em contemplar a beleza da perfeição que há em Cristo Jesus, a glória de sua encarnação, a sublimidade de seu esvaziamento e humilhação, a majestosa perfeição de sua vida como homem. Sua obediência até a morte deve nos encher de vergonha e constrangimento, e ao mesmo tempo, um profundo e sincero amor. Só poderemos oferecer-lhe um serviço que lhe seja agradável se estivermos cheios desse nível de amor por Ele. É impossível alguém servir a Cristo com fervor, vigor e poder se não estiver sendo alimentado constantemente, na intimidade de sua alma, do próprio Cristo. Infelizmente, é possível estarmos ocupados com todas as demandas que a obra exige: pregação, edificação, eventos, reuniões, retiros e tantas outras coisas relacionadas a ela, sem contudo, estarmos servindo a Cristo. Algumas vezes na obra de Deus o Senhor fará cessar nosso trabalho, a fim de revelar se é o trabalho ou ele mesmo que nos empolga. É de extrema necessidade entendermos, que se pretendemos anunciar Cristo aos outros, devemos nós mesmos estar ocupados com Ele e nada mais.

“Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; nos teus lábios se extravasou a graça; por isso, Deus te abençoou para sempre. 7 Amas a justiça e odeias a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos teus companheiros. 8 Todas as tuas vestes recendem a mirra, aloés e cássia; de palácios de marfim ressoam instrumentos de cordas que te alegram.” Salmos 45:2,7-8

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:3

“E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. 12 Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.” 1 João 5:11-12

“ Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” Mateus 11:28-29

“permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. 5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” João 15:4-5

“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” 1 Coríntios 15:19

Como diz a letra daquele cântico antigo:

Olha para Jesus

Contempla seu rosto de amor

E as coisas terrenas perderão seu valor

Na presença da luz do Senhor

Cristo – A pregação

O evangelho, que pregamos é Jesus Cristo. Não pregamos meramente um evangelho centrado em Cristo. Cristo é o evangelho que pregamos. Ele é as boas novas, a notícia feliz, “Deus estava em Cristo…” 2Co 5:19 Esta é a grande diferença. Não pregamos uma “visão” e nem mesmo uma doutrina, pregamos a Cristo. Não podemos negar que todas as verdades de sua palavra, que temos recebido até hoje, são maravilhosas, tem ordenado a vida de sua igreja, sem elas estaríamos perdidos, sem saber o que fazer. Mas, não podemos confundir a doutrina de Cristo com o próprio Cristo, por mais encantadora que ela seja, ela não está acima dEle. “para quem iremos?” Jo 6:68 – Disse Pedro.

“O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida 2 (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), 3 o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros,…” 1 João 1:1-3

“Eu, irmãos, quando fui Ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. 2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.” 1Co 2:1,2

“E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.” Atos 5:42

“Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus.” Atos 4:13

“Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus.” Atos 8:35

“E (Paulo) logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus.” Atos 9:20

“Era ele (Apolo) instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João.” Atos 18:25

Cristo – O dom, o recurso

É comum ver os cristãos pedindo ao Senhor mais paciência, humildade, amor, domínio próprio. Na verdade, Ele já nos deu um único dom que satisfaz todas as nossas necessidades – O seu filho Jesus Cristo. Na medida em que permitimos que ele viva sua vida em nós, então ele, em meu lugar, será paciente, humilde e tudo o mais que necessito. Todos os frutos do Espírito, bem como todos os dons, são apenas conseqüências da vida de Cristo em nós. Por isso, nossa ênfase tem que ser Cristo e não os dons. Lamentavelmente, a igreja de hoje, devido há uma ênfase exagerada na busca por poder através da manifestação de dons, tem se privado de um relacionamento com o Dono do poder e dos dons. Que o Senhor nos abra os olhos do coração, para entendermos que a igreja não está edificada sobre os dons, ela está edificada sobre Cristo. Deus responderá a todas as nossas necessidades de uma só forma: Mostrando-nos mais de seu filho. A igreja não está precisando de mais dons, ela está precisando de Cristo. Cristo e nada mais. Há uma grande diferença entre Cristo e os dons. Não quero com isso, dizer que os dons não são importantes, O Senhor os derramou sobre nós para que pudéssemos funcionar como corpo, abençoando-nos e edificando-nos uns aos outros em amor. Mas eles não são mais importantes de quem os deu. Deus olhou para a obra consumada por Jesus e se deu por satisfeito. Não há nada que se possa acrescentar a este fato. “Graças a Deus por Jesus Cristo…” Rm 7:25 – Foi a exclamação de Paulo.

“Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,” 1 Coríntios 1:30

“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; 16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17 Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. 18 Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, 19 porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude.” Cl 1:15-19

“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, 2 nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, 4 tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.” Hebreus 1:1-4

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. 2 Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. 3 E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. 4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará;” 1 Coríntios 13:1-8

Cristo – O alvo

Filipenses 2:5-8 – “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se, antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.”

Quando o Espírito Santo nos ilumina os olhos para ver a Cristo, isso produz em nós uma profunda vergonha pelo que somos. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus…” Como é diferente o nosso coração! Ele, sendo Deus, se esvaziou, aceitou a vergonha, desprezou a vaidade e as glórias humanas e todas as demais coisas que os homens dão valor. Abandonemos o legado que recebemos de nossos pais (1Pe 1:18), tudo aquilo que em nós é diferente dele! “mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.” Romanos 13:14 Não sermos conhecidos por nenhuma “característica marcante”, buscar cada vez mais ser como Ele! Como diz a letra de certo cântico:

“Que a beleza de Cristo se veja em mim

Toda sua admirável pureza e amor

Ó Tu, Chama Divina

Todo meu ser refina

Té que a beleza de Cristo se veja em mim”

“Ele é valente, mas doce; poderoso, mas benigno; majestoso, mas simples; soberano, mas acessível; rico, mas se fez pobre; exigente, mas compassivo; firme, mas sensível; perfeito, mas longânimo com minhas imperfeições; justo, mas misericordioso; sofrido, mas alegre; desprezado, mas amou até o fim; andou entre pecadores, mas foi santo; não pecou, mas perdoa; Mestre, mas irmão; dono, mas amigo; Senhor, mas obedeceu; Rei, mas servo; sem formosura, mas totalmente desejável; glorioso, mas humilde; humilhou-se, mas foi exaltado; Ele é Deus, mas Se fez homem. “…e o Seu nome: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6).

“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, 2olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. 3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.” Hebreus 12:1-3

“Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. 8 Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo 9 e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; 10 para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; 11 para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.” Filipenses 3:7-11

1 Pedro 2:21-24 – “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, 22 o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; 23 pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, 24 carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.”

Categorias: Liderança

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